quinta-feira, 22 de julho de 2010

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Registrando a jornada

Meu pai e meu irmão estão numa aventura este verão (é verão aqui pra cima). Com a companhia de dois amigos: Balbi e Prista, eles partiram de Cape Town para o Recife - de barco.
A bordo de um catamarã de 46 pés, o que não falta aos marujos são boas histórias para contar. Desde de pescarias frustradas, passando por aulas de se usar o banheiro no balanço do mar até dar de cara com uma baleia, o resumo da ópera está no blog do Fat Boy - que está imperdível.

Não quero bancar a irmã/filha coruja e fazer mil elogios aqui - por isso confiram por vocês mesmos a diversão que é acompanhar essa viagem online.



www.catfatboy.com

Bons ventos!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

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Tirem as crianças da sala

Se você pensa que já viu de tudo na televisão brasileira, talvez esteja certo.

Se você pensa que esse tudo é o fundo do poço, visto que os brasileiros têm um certo dom para a baixaria, é aí que você se engana.

Márcia Goldschmidt, Ratinho, Luciana Gimenez, Wagner Montes e até o finado João Kleber com o incrível reality "Teste de Fidelidade" (quem não lembra do Óliver?) ficam no chinelo se comparados à real baixaria da TV americana!

Eu sou a audiência perfeita para qualquer tipo de programa televisivo - acredito em tudo o que aparece. Nunca sei quando é armado ou não! Caso se prove o contrário, pra mim é tudo verdade. E aí eu fico tensa, com vergonha alheia, medo alheio, tudo!

Enfim, estava de volta a NY no hotel (mais uma vez tive que pernoitar perto do JFK, dessa vez por burrice, devo dizer) escrevendo o post abaixo. Um post de família, diga-se de passagem. Tá, tirando o topless e o povo trocando de roupa na praia. Bom, o caso é que eu estava compenetrada no computador, quando começo a ouvir uns gritos vindo da TV. Gente, quando eu olho, tá todo mundo se estapeando e berrando. Como eu sou muito fofoqueira e facilmente impressionável, lá fui eu com o meu celular filmar a TV.

O programa em questão se chama Jerry Springer, sempre seguido por um subtítulo sórdido: "I had sex with 3 sisters", "Mama, I can't stop Pimpin'", "I want your man!", "I was in jail and you stole her!" e "I'm in love with a Prostitute"... (todos os "episódios" citados podem ser vistos, ou melhor, apreciados aqui)

Pois bem... Esse formato de programa a gente já conhece. É um programa de auditório, onde, sinceramente, o público só serve para rir bem alto, bater palmas nas horas erradas e humilhar ainda mais os participantes. Ah, e teve uma velha que pediu para fazer uma pergunta, e quando a câmera estava nela ela levantou a blusa e disse que só estava lá para mostrar os seios. Cada um com seus motivos...

Cada programa tem acho que duas histórias. Acontece uma, acontece outra, e depois todos os participantes sentam no palco (as duas histórias nada a ver misturadas) para se retratar à audiência e ao mestre Jerry.

O que há de novo então? Gente... a porrada é real!!! E os seguranças estão lá claramente para fazer figuração. Eles afastam um pouco, mas querem mesmo é ver todo mundo se estapeando. E nessas horas, nem sinal do apresentador nas redondezas.

Esse episódio que eu profissionalmente filmei e editei, é o "I slept with three sisters" (eu dormi com três irmãs). Então tá, o palco começa com uma irmã se dizendo apaixonada pelo namorado da irmã 2, com quem teve relações. Aí entra a irmã 2 e já parte para cima dela! Depois de muito discutirem sobre o garanhão, entra ele e apanha um pouco. Aí vem o Jerry e pergunta: "Tem mais alguma coisa que você queira dizer?". Logo o cara abaixa a cabeça e revela o inrevelável: "Eu também dormi com sua outra irmã!". Woooow!

Lá vem a terceira para apanhar também, só que essa vem com tudo! Lá pelas tantas se descobre que ela é lésbica. Bom, tem momentos que as três estão se batendo, se rolar uma cabeça alguém chuta, é realmente o sonho de toda mãe.

Mas o mais engraçado desse episódio é que todas chegaram produzidas, devidamente com suas perucas lisas (nos EUA é raro uma negra usar seu cabelo ao natural. Elas usam muitos artifícios capilares, vou fazer um post daqui a pouquinho falando sobre um documentário do Chris Rock!). Logo depois do primeiro arranca-rabo, os cabelos se espalham pelo cenário. Como você vai de peruca para um programa desses?!

Não fiz uma pesquisa extensa disso, mas como eu vejo muita TV, já sei que a baixaria e programas de lavagem de roupa suja ao vivo são muito comuns nos EUA. Tem um monte de programas de juízes, por exemplo. Judge Joe, Judge Judy... É recriado um tribunal, onde alguém vai pedir auxílio ao juíz para ganhar algo de outra pessoa. Só que, convenhamos, tudo muito dramatizado e o juíz nada profissional. Aqui tem uma lista com NOVE juízes na TV.

Tem um montão, a tarde na TV aberta é repleta deles. E depois vem aquelas novelas que duram décadas tipo Malhação: All My Children, Days of Our Lives, Young and the Restless... Sempre com atuações nota mil (sarcasmo), assim como cenário e figurino. I miss Caminho das Índias.

Aqui vai o vídeo!!! O som tá muito baixo, mas o importante é o visual. Na verdade seria bom fazer um esforço e colocar um fone para ver a qualidade do inglês delas: MA SISTA?????

Beijo, tchau!

Tirem as crianças da sala from Karen Pinho on Vimeo.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

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Praia de Gringo

Cheguei à conclusão de que o verão na Europa é um saco. Já explicitei minha revolta com a falta de ar condicionado em Paris, e minha experiência agora na Alemanha me leva a crer que esse seja mesmo um mal Europeu! Em uns lugares menos que outros... Até porque a França tende a ficar mais e por mais tempo quente que a Alemanha. Além disso, o metrô de Hamburgo (que também não tem ar condicionado) é beeem vazio, diferente do de Paris.

Mas mesmo assim né. Há quem defenda que é desperdício de dinheiro ficar instalando ar condicionado em países que tem 30 dias de calor. Mas eu acredito que seja um investimento importante! Na semana passada um trem na Alemanha que levava adolescentes a uma excursão (a gente no Brasil tem excursão pra Cabo Frio, na Europa a pirralhada vai conhecer países vizinhos... aiai) ficou sem ar condicionado e chegou a fazer 50 graus lá dentro! Alguns coitados tiveram que sair na maca - calor mata, gente.

Enfim, com a falta de estrutura para essas ondas de calor que aquecem cada vez mais nosso pobre mundinho, há de se encontrar alternativas (eu já pensava em dormir no carro, na garagem).

Timmendorf é uma cidadezinha que fica a uma hora de Hamburgo. E tem praia! Lá parece Búzios, só que europeu. É lindo demais, tem casas imensas, ruazinhas de comércio e restaurantes, músicos nas ruas, muitos chafarizes (é isso?), flores, árvores, trilhas, bicicletas, é o máximo.

Em 2008, quando estive lá no inverno a praia estava assim, ó:



E vendia... sopa!

Chegando em Timmendorf em pleno verão abafado, sentimos logo a brisa que vem do mar, amenizando o calor no litoral. Para o almoço, uma comidinha leve - dois generosos pedaços de Camembert frito, acompanhado de uma salada de folhas e frutas e com bastante geleia de framboesa. Faz muito tempo que não como nada tão bom! E para beber e refrescar, Bole - uma bebida alemã que consiste de champagne e vinho branco com pedaços de frutas. Nela vem um canudo com uma colherzinha na ponta, para catar os, no caso, perfeitas bolinhas de melão. Hummm!


Chegando na praia, como uma boa turista, fiquei impressionada com várias "gringuices"! Para começar, tem que pagar para ir à praia! Ahn?! Pois é, como se fosse um pedágio - você para para que a praia fique sempre bem cuidada.


O mais legal para mim foi me deparar com aquela casinha/cadeira que nuuunca veríamos em Ipanema. Se chama Strandkorb Vermieter, e o aluguel custa 8 euros. É suuuper confortável, tem lugar para os pés, dá para dormir lá dentro que é uma beleza. A areia fica coberta delas!



Mas para os cariocas, a substituição do combo cadeira dobrável + barraca não é a única surpresa. Desde a primeira vez que eu fui à Alemanha, com 14 anos e 20 amigos do colégio, o fato de as alemãs ficarem de topless ainda me surpreende! Naquela época, a criançada brasileira abusava do zoom das máquinas digitais (que deviam ter tipo 2 megapixels naquela época) para registrar os peitinhos alemães. Infelizmente, a minha cara de pau ainda não me permite fazer fotos artísticas da semi-nudez das moças, mas olha aí o máximo que eu consegui:


O mais engraçado é que não são só as gostosonas que dispensam o sutiã do biquini, tá cheio de velhotas e gordinhas adeptas do estilo. É comum mesmo, normal. E nós, brasileiros, nos achamos muito liberais, né? Han... E não é só isso, o povo não gosta de sair molhado da praia. Conforto é tudo nessa vida alemã. Então, quando dá a hora de ir embora, com licença público, mas eles trocam de roupas (íntimas) lá mesmo. As meninas fazem assim: enrolam uma toalha no corpo, tiram o biquini, colocam o sutiã e a calcinha, tiram a toalha, e, calmamente, vão em busca do vestido. De calcinha e sutiã! Lá estava eu jogando meu joguinho no celular (aquele nerd do restaurante que tem no Facebook), quando a minha visão periférica me chama a atenção para um ser de cueca cavada na praia. Discretamente troquei para a câmera e flash! Flagra. Gente, não dá para esperar chegar a um banheiro?

Bom, mas de repente nós que somos os atrasados mesmo. Eu sempre achei uma hipocrisia da sociedade essa diferenciação entre biquini e calcinha e sutiã. Só o que muda é o tecido, mas tapa as mesmas partes. Se a gente pode sair de biquini por que não de calcinha e sutiã??? Mas deixando claro - faço mesmo parte da hipocrisia! E continuo não me incomodando de colocar o short por cima do biquini e ficar com aquela marca molhada parecendo que fiz xixi nas calças.

Pelo que notei, ir à praia para eles é um programa que vai durar o dia inteiro e tem que ser bem aproveitado. Cestas de comida, trocas de roupa, livros, jogos, brincadeiras, livros, e tudo mais que possa caracterizar o "escritório na praia" é indispensável para os dias de verão. Até porque para eles são poucos. Olha esse casal de velhinhos, até com garrafinha de café:

O lado esquerdo da praia é o lado onde não precisa pagar para entrar e é o canto mais 'jovem' (entenda: miserável). Existe um tipo de barraca de camping próprio para a areia, que é só um tetinho na verdade.


Andando mais um pouco, encontramos um píer e barcos, com música alta e jogos de vôlei. Alou Ilha Grande?


Nada de água de coco e biscoito Globo. Se jogue nas batatas fritas e sorvetes! A comida disponível na praia para aqueles (turistas, claro) que não levam sua própria ceia não é das mais saudáveis.
Outra coisa: A água não é tão salgada. Muito esquisito... Ela é meio salgada só. E você pode ir andando pra sempre na água que a areia não acaba - dá pé por muuuito tempo.

Eu sugiro lançarmos um Posto Europeu na orla do Rio. Cobramos eu euros, claro. Colocamos umas 10 cadeiras dessa, vendemos salsichão e batata frita, todo mundo de calcinha grande e sem sutiã. Trocamos os vendedores daqueles sachês nojentos de bronzear, por barraquinhas com protetores fator 100 FPS. Para beber - café! E claro, saquinhos tipo ziploc para colocar as roupas de banho molhadas. Mais alguma coisa?



terça-feira, 6 de julho de 2010

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Bonjour, mademoiselle

Todo mundo sabe que as nossas maiores frustrações são resultado de grandes expectativas. Pois bem, minha expectativa de Paris, assim como imagino que seja a de muita gente, era muuuito grande. E a frustração foi inevitável. Lógico que não é sempre que temos grandes expectativas que nos frustramos, tem que rolar uma 'ajudinha' para isso.

Não passei muito tempo lá, mas o suficiente para perceber que a cidade que eu imaginava não existe. Já ouvi muita gente dizer isso, sei que não estou iniciando nenhuma polêmica (mas se você tem opinião contrária pode argumentar!). Mas também não é nada demais, eu gostei de Paris, tem coisas lindas, interessantes e, afinal, tá na Europa né gente. Quão ruim pode ser?

Fiquei quase uma semana, pouquinho. Fiz questão de subir até o último andar da Torre Eiffel. Oh céus, que programa de índio!!! Para começar, aqui (na Europa) é verão. Verão mesmo! Digno de 35 graus de sol na sua cabeça. A fila para a torre durou mais de 2 horas de pé, no calor e no sol. Como eu queria ir até o topo, ainda enfrentamos mais fila para subir no outro elevador (eu fico imaginando quem vai de escada...). E fila para descer! Putz. Na minha frente uma garota desmaiou na fila. Super saudável. Tudo bem, tenho que ser justa. Programa de turista em época de férias é sempre um belo programa de índio. Bom, a vista é realmente incrível. A cidade é toda planejada, organizada parece.

Mas, sair do metrô, virar a esquina e, sem esperar, dar de cara com a Torre Eiffel foi incrível. Ela é muito maior do que eu pensava - talvez porque tenha me decepcionado com o tamanico da Casa Branca, agora espero que os monumentos sejam menores do que parecem nas fotos (ok que a casa não é bem um monumento, mas vocês entenderam). E lá em frente estava tendo o Fifa Fan Fest de Paris, chique né? Mas o país também não me parece muito ligado ao futebol. Bom, não posso afirmar isso uma vez que cheguei lá depois de a França ter sido eliminada da Copa. Vai ver que antes as bandeiras nacionais reinavam em carros e janelas. Sei lá!

Falando em futebol, assistir aos jogos em outros países tem sido uma experiência interessante. Aqui na Alemanha dá até para dormir no ritmo sem graça e formal que os narradores levam o jogo. Já na França, mesmo sem entender muito, dá para arrancar boas risadas mesmo de quem está perdendo. Eles são muito engraçados! São leves, rápidos e bastante informais. Riem, zoam, falam: "uh-la-la"! Gritam e torcem, gostei!

Inclusive quando fomos assistir ao jogo do Brasil (oh, desgraça) em um bar em Montmartre, a garçonete já criou o clima. Apontou pra todo mundo nós duas (eu e mami) brasileiras e outras duas sentadas no bar que eram holandesas. Sacou uma vuvuzela de trás do bar e só dava ela. Uma vira casaca cara de pau, devo dizer! Quando chegamos, ela enrolou minha bandeira no seu corpo, fazendo um vestido do Brasil e foi desfilar pela rua. Crente que a gente ia ganhar. Bom, isso eu não posso culpá-la...

Montmartre é um bairro bem agradável, com as lojinhas, sexshops, cabarés (iei Moulin Rouge), brasseries e bares. Um passeio ótimo foi subir até a Sacre Coeur, valeu a pena. A igreja é linda, e lá perto tem uma praça onde há pintores e caricaturistas fazendo retratos das pessoas, além de restaurantes e mais comércio. Falando em comércio, andamos pela Champs Elysée e estava insuportável! Muita gente, mendigos, não tinha lugar para comer... E as lojas não me chamaram a atenção uma vez que eu prefiro gastar em dólar do que em euros! Não que eu compre alta-costura em NY, mas certamente valeria mais a pena.

O que eu acho que deve valer a pena são os museus, que não conseguimos ir a nenhum! Queria ter ido ao L'Orangerie para ver especialmente a sala onde Monet pintou as ninféias e também ao Petit Palais, que está tendo a exposição do Yves Saint Laurent (chegamos 15 min depois de fechar). Aliás, as Gossip Girls estão filmando em Paris. A Serena e a Blair não saem do meu pé, socorro.

Os monumentos são todos lindos e gigantes. E qualquer lugar que dê para ver o Sena é lindo. Tem até uma mini Estátua da Liberdade no Sena. Eu não sabia! Sei que a Estátua de Nova Iorque foi dada aos americanos pelos franceses, mas não sabia que eles também tinham uma filhinha dela no Sena.

Bom, mas o passeio que mais fez valer a viagem foi a ida ao Jardim de Monet. Desde que, no colégio, eu li um livro chamado Linéia no Jardim de Monet (que recentemente comprei pela internet de novo!) é um sonho para mim conhecer o jardim e a famosa ponte! Eu amo o livro, amo a Linéia e agora amo Monet!

O Jardim de Monet fica na Normandia, mais ou menos 1 hora de carro de Paris. Eu sinceramente não sei como um turista faria para chegar lá. Mas, por muita sorte, fomos muito bem recebidas e ciceroneadas por uma família amiga muito especial! Nos receberam na casa deles nos dois primeiros dias, quando comemos todos os tipos de queijos, pães e milhões de aperitivos que faziam o jantar quase desnecessário.


Bom, o jardim é incrível, nunca vi tantas flores na minha vida. E eu so alucinada por tirar fotos de flores! Enfim, para vocês só 3 porque eu sei que é um saco.

Além do próprio jardim e da casa de Monet (que é mantida original, na medida do possível), que serve como um museu com as suas obras mais importantes, a viagem vale a pena por todo o ambiente - o lugar mais precisamente se chama Giverny. Chegando lá é logo perceptível que estamos bem longe de uma cidade grande. Há casas de campo, muitas muitas flores e todo tipo de natureza. Tem hotéis, estilo pousadas, e restaurantes típicos (crepe para o almoço!). Antes de visitar a casa, fomos ao Musée des Impressionnismes, que exibia uma linda coleção de pinturas impressionistas do Rio Sena (L'Impressionnisme au fil de la Seine), de artistas como Renoir, Matisse e, claro, Monet.


Ah! A visita só vale a pena entre abril e novembro, fora desse período é frio e está tudo basicamente fechado.

Voltando à capital...

Eu sei que eu já estou muito crítica sobre essa viagem, mas o pior ainda não chegou. Eu achei o maior atraso do mundo o fato de que, com um calor de 35 graus em Paris, não achamos ar condicionado! Como assim? Tudo bem que o verão ocupa um tempo ridículo do ano da Europa em geral, mas sim, faz calor em pelo menos 3 meses. E calor de verdade! Não há ar condicionado no metrô. Isso para mim é o pior! Aquele metrô apinhado de gente, todo mundo colado um no outro, com um calor de matar e sem nenhuma brisa! Quando entramos, já suados da estação, sentimos dentro do carro aquele bafo quente, que não é temporário. Sério, não pude acreditar que numa cidade como Paris as pessoas passem por isso. E também no circuito turístico que fizemos, não conseguimos almoçar em um restaurante com ar condicionado uma vez sequer. Bom, não podemos deixar de perguntar ao recepcionista do hotel se havia ar condicionado do quarto. Quando ele disse que não, mas que poderíamos abrir as janelas, quase não percebemos o humor francês e fomos embora! Mas enfim, dormimos no fresquinho. Ahhh!

Como eu já disse aqui, odeio ser turista. Mas ao mesmo tempo, não tem muito jeito né. Daqui a pouco chegam posts sobre a Alemanha - já contei que eu tô aqui né? Au revoir!

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Maldita Copa!

Acho que todo mundo já deve ter percebido que eu só estou fingindo que estou em NY, né? Na verdade estou na Alemanha visitando minha mãe! E esta semana estive em Paris, agora estou de volta a Hamburgo. Daí no meio de Julho volto pros EUA com direito a uma temporada nas praias da Flórida. Ahhh, vidão!

Bom, esse post é rapidinho, só para dar satisfações - caso alguém ainda visite este blog abandonado! E também para divulgar uma matéria bem legal sobre a Copa e sua imprevisibilidade que eu li no NY Times este fim de semana (na versão internacional deles para ser mais precisa, International Herald Times). O link está aqui.


Just When Cup Had Its Theme, Story Takes a Sudden Turn

By ROB HUGHES
Published: July 4, 2010

The World Cup turned on its axis over the weekend. Before Friday, virtually every soccer expert was certain that the power in this tournament belonged to teams from Latin America, that European soccer was stale.

And what happened? Predictions were shot through with holes and grown men were reduced to tears.

First, Brazil was outplayed in a 2-1 loss to the Netherlands in Port Elizabeth. Then Ghana lost in a shootout after a deliberate use of hands by a Uruguayan player at Soccer City in Johannesburg.

Next, Argentina was overwhelmed by Germany, 4-0, in Cape Town. Finally, David Villa, Spain’s savior once again, scored with seven minutes left in regulation time to eliminate a spirited Paraguay team at Ellis Park in Johannesburg.

Four fields featuring four contests that confounded the critics.

Who would have it any other way? Uncertainty is a good thing in sports. If the results were known beforehand, why bother to go to the stadium or to switch on the television at all hours of the day and night? The Dutch players probably did not think much of their chances at halftime Friday, when they trailed, 1-0. Wesley Sneijder, who scored the goals that turned the game around, and Arjen Robben said that the players in the locker room saw no way that they could advance to the next round. Not after being dominated in every way by Brazil for a half.

What changed that, Sneijder said, was the realization that nothing would be gained by staying timid. Dutch courage, maybe Brazilian overconfidence and certainly a foul that resulted in a red card for Felipe Melo of Brazil turned things around.

But the key to Brazil’s elimination was that it was not true to its traditional flowing soccer style. Its coach, Dunga, tried to make Brazil more like Germany: bigger, stronger, more efficient, less flamboyant. Brazil fell between the two approaches, and on Sunday, Dunga was fired for that. Relying on its rhythm and creativity, Brazil plays the best game on earth; attempting to emulate the style of a European team, Brazil did not scare the Dutch.

Argentina took the opposite approach. Knowing that its defense was poor, it pushed everything forward, giving this World Cup more thrills during the first three weeks than any other team. That strategy failed against Germany, which knew exactly how to beat such an unbalanced team: take advantage of its weakness, crowd out Lionel Messi, and never let Argentina’s attacking offense get any momentum.

“It was absolute class,” Germany Coach Joachim Löw said of Saturday’s victory. “We analyzed their games and expected that Messi would drop into midfield. We managed to take him out of the game, keeping him under pressure without fouling him.”

He added: “I told my players, ‘You are younger, faster, more enduring.’ We were able to put Argentina’s defense under pressure and take it apart completely.”

Full marks for thoroughness. Yet Löw is still auditioning for his job at this World Cup. A month ago, the German soccer federation was not prepared to give him a contract beyond 2010.

How could they or Löw have known a few months ago that Thomas Müller, then just a young prospect with little experience at the international level, would burst into this World Cup like a star? How could Löw be sure that Sami Khedira, Jérôme Boateng and Mesut Özil would bring to Germany a youthful self-confidencethat would make them not only powerful as a unit but pleasing to watch, too?

The joy of putting them in and finding out is part of this World Cup’s revelatory essence. The fall of presumed powers like England, France, Italy and Brazil is quite the opposite.

And it is not only teams that are going home without fulfilling their potential. The exit of England’s Wayne Rooney, Portugal’s Cristiano Ronaldo and now Messi was shocking. They came into the tournament hailed as the heirs to the legacies of players like Pelé, Diego Maradona and Zinédine Zidane. They are, by anyone’s estimation, the three current outstanding individual stars in soccer, both on the field and in its marketing.

Rooney and Ronaldo did nothing to enhance their reputations. Messi did, until he was neutralized by Germany.

Maradona, now Argentina’s coach, would seem to be a man with a singular insight about star players — and perhaps why they fail. When his own tears were spent Saturday, he said he felt as if he had been flattened by a punch from Muhammad Ali.

Verbal punches were thrown at him from all angles. Surely Maradona was responsible for Argentina’s collapse? Surely he accepted what Germany’s players had said beforehand, that Argentines were nothing but temperamental artistes? Maradona, now almost 50, said in effect that he was the father of this team, that he would go home defending them, that he was proud of them. He, and they, knew no other way to play. He may quit, but he says he will first consult his family and friends.


But it was when he was asked why the great players had not demonstrated greatness here, had not risen to World Cup glory as he had done in 1986, that he gave his most interesting response.

“I think we were more selfish, and now players are more collective, more team players,” he said. “They want to do everything with their teammates.”

He added, “Before, perhaps it was a matter of being selfish players who had the rest of the team working for us.”

How interesting, and how perceptive that answer was. Maradona had succeeded as a player on this stage, but was perceived as little more than a cheerleader masquerading as a coach in this World Cup.

Messi was the only player on the Argentine roster whose talent approached that of Maradona’s, yet when Messi tried to run through Germany the way he had through previous opponents, he was rebuffed.

The inquests will be relentless, the taunts cruel, and they will start in South America. But the Latin Americans are not done with this tournament. There is still Uruguay against the Netherlands on Tuesday, and Spain, the European Latins, waiting for Germany on Wednesday.

Spain-Germany is almost a European final in its own right — a repeat of the Euro 2008 final, which Spain won, 1-0.

Germany has eliminated Argentina, and now it faces Spain, which has a flair with the ball that is bonded with patience and a team concept that fuses the European and South American styles.

A prediction? No chance. Surprise is this tournament’s lesson.


Ps: Até pensei em traduzir mas não seria tão legal... é, e também não tenho paciência! ;)