segunda-feira, 31 de maio de 2010

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Welcome to the Y

Aaaai que tristeza!

Vou ter que deixar minha moradia. Amanhã estou indo para a casa de uns amigos em New Jersey - adeus Maháta. Perdi meu tão amado quarto. Tentei aumentar o tempo de estadia, mas o negócio aqui é muito concorrido e eles estão me despejando! Como vou pro Brasil agora, quando voltar vejo pra onde for. Por enquanto, homeless.

Bom, nesse clima de despedida, vou falar um pouco da minha hospedagem aqui.

Quando decidi vir para NY ia fazer uns cursos na NYU - o que eu até fiz, mas acabei trocando pelo da NY Film Academy. Aí no site da universidade eles indicavam uns lugares off-campus para hospedar os alunos. Foi lá que eu descobri a incrível De Hirsch Residence!

Eu não tinha ideia pra onde ir. Não conhecia ninguém na cidade, mal sabia quais eram as regiões boas para ficar. Minha ideia inicial era ficar em um albergue até arrumar um apartamento. Foi quando descobri essa opção que eu estou. Eu explico:

O 92nd Y (se fala ninety-second-uai!) é um centro cultural aqui de NY que tem uma programação intensiva de palestras, eventos, apresentação de danças e teatro e também 3 andares de academia e quadras de basquete, squash e outras cositas mais. Ah, também tem creche e estúdois de dança e piano. Daí tem 4 andares de quartos - individuais ou duplos, grandes ou pequenos.

Para morar aqui é preciso preencher uma "aplicação", como se faz para as faculdades (um pouco mais simples né, mas eram 10 páginas!). E aí, se você for aceito, ainda tem que ver a disponibilidade de quartos. Eu dei sorte e fiquei com o quarto grande individual (até porque se caísse num duplo, sorry, ia procurar outro lugar! eu sou muito antisocial pra isso).

Me pareceu uma boa opção - eu ainda tava no Brasil, o que me fez ter muito receio em arranjar um lugar para ficar sem ter visitado! Enfim, dei a maior sorte!

Aqui é o máximo, pelo menos eu acho. É uma mistura de hotel e albergue. Alberque porque tem uma cozinha e um banheiro por andar - então é tudo dividido. E hotel porque eu tenho meu próprio quarto, faxineira uma vez por semana, e tudo incluído - internet, luz, aquecimento e ar condicionado. E num prédio que tem um montão de coisa, além de ser ultra-chique nos meus parâmetros de terceiro mundo! Tem uns 3 porteiros por vez (o que é raro em NY), três elevadores (mais raro ainda), segurança, manuntenção - tudo 24h. É uma opção muito boa, pois se eu morasse num estúdio aqui, teria que tomar conta de tudo, limpar, além de me preocupar com a segurança. Tem também uma lanchonete, pras horas de sufoco.

E dei a maior sorte na localização também - fica no Upper East Side, que é o bairro das Gossip Girls (xoxo), dos chiques e famosos! Fica pertinho do Central Park (hoje passei a tarde lá me bronzeando, hahaha! que situação!) e da Museum Mile, que é a área dos museus como o Met, Cooper-Hewit, Guggenheim, Jewish Museum, etc. Pra quem gosta mais de agito, indico morar longe daqui! Vai lá pra baixo, no East Village, Lower East/West Sides, Soho, etc. Também gostaria de morar lá, mas para o meu estilo velhota de ser, aqui é PERF!

Bom, voltando ao interior. O banheiro tem várias cabines, tanto para tomar banho quanto para o "toalete" - e as pias também!






No início achei que ia enjoar disso. Mas o bom é que, por mais que seja chato esse sistema de não ter o seu próprio cantinho, não é cheio aqui. Então fica sempre vazio, não é tipo um Shopping. Mas não vejo a hora de tomar banho descalça (por motivos de higiene uso chinelos)!!!

A cozinha:






Bom, nem preciso dizer que é o cômodo que eu menos uso né? Não sou lá muito de cozinhar! Mas também é o mesmo esquema - sempre vazio. No entanto, olha que revoltante, as pessoas roubam sua comida! Como eu sou prevenida, assim que cheguei já providenciei um frigobar com freezer - assim não tinha que colocar minha comida junto com todo mundo. E o que não era de geladeira, deixava em uma prateleira no quarto. Eles alugam os frigobares por temporada, U$75 por 4 meses - vale a pena né?! Bom, a Gaby, minha amiga argentina que se foi e deixou a maior saudade, sofria dessa babaquice de um povo mal educado aqui. Às vezes ela achava o cereal dela no chão, ou o suco bebido e com a garrafa no lixo, essas coisas. Como eu sou intrometida e tomo as dores dos outros, plantei várias armadilhas na geladeira. Comprei um suco que era horrível (Plum juice, ameixa, a médica receitou depois da minha quase-morte. acho que ela queria que eu morresse de vez!), aí pra melhorar, coloquei sal e pimenta e botei na geladeira comum. Um leite que estragou também foi pra lá. Só Deus sabe quem foi o espertinho que caiu na minha! Há!!!

Bom, eu já falei aqui que não paguei pela TV a cabo e comprei uma antena giga, porém funcional? Então, mas qualquer coisa tem uma TV na salinha comum aqui no andar. Com cabo! E DVD. E mesas, para o seu quarto não ficar cheirando a comida. E a lavanderia é ótima também, uma por andar, as máquinas estão sempre livres (U$1,50 para cada). Também tem ferro, tábua de passar e tanque (ai!).


O quarto em si. Quando cheguei levei um susto - era muito melhor do que eu esperava! Não que seja uma maravilha, mas eu já aprendi que na vida a gente tem que ter baixas expectativas para não gerar frustrações - é triste, mas funciona!

Para minha sorte, o meu quarto é o mais bem localizado do andar! E acho que o maior, todas as meninas que entram aqui dizem: 'Noooossa, seu quarto é muito maior que o meu!' Eu agradeço e vou tomar meu banho de sal grosso.
Além disso, ele é no fim de um corredorzinho, o que me dá privacidade e sossego. Tem gente que não dá sorte na vida. A garota que mora no quarto em frente ao banheiro envelheceu 5 anos de tanto stress que é ter que sair do quarto, toda noite, pra ir gritar com alguém no banheiro pra calar a boca. Não que eu já tenha sido essa pessoa sem noção que fica falando alto no banheiro....................








Não vou nem ser cara de pau e falar: "Não reparem a bagunça", porque é assim mesmo que ele ficou do início ao fim. Tirando a cama, que foi quando eu já tinha começado a encher as malas. Ah, e tem duas janelas!

Portanto, para quem estiver pretendendo passar uma temporada por aqui, eu super indico o 92nd Y. Para receber convidados também é ótimo - eles cobram U$15 por dia, ou U$25 se ficar mais de 4 dias. E o guest ainda tem a sua própria cama de montar! Né Guito?!

Agora, quem já for mais independente e não tiver medo do escuro, pode investir o mesmo dinheiro em um apartamento de verdade! Craigslist.com. Fica a dica!


92nd Y - 1395 Lexington Ave, NY


Ps: Uma fotinho da Gaby na cozinha, com sua roupa de médica. Que saudade! Vocês não têm vontade de ser amigos dela só pela cara dela?! Olha que simpatia!


Ps2: Ela é argentina... mas ninguém precisa ficar sabendo!



quarta-feira, 26 de maio de 2010

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O mundo dos livros

Eu já tinha me desacostumado a trabalhar. Até porque meu último estágio no Rio (galera da ONU, por favor, me corrijam se eu estiver errada!) era bem frouxo de carga horária. Então agora está difícil conciliar o trabalho com a ... vida! E ainda fui muito ousada esse fim de semana e viajei para Washington de novo - dessa vez fui em socorro do irmão para procurar apartamentos.

Aliás, que inveja ao entrar em estúdios limpos, lindos e espaçosos em condomínios de luxo custando 2/3 do que um buraco velho e sujo custa aqui em NY. Obama que me aguarde.

Bom, isso tudo para tentar justificar minha sumida deste blog!

Hoje vou falar sobre um lugar que eu adoro e que tem pelas ruas dos EUA que nem CVS (jamais compararia à Starbucks, embora tenha sido meu pensamento inicial). A Barnes and Noble é a melhor, maior, mais incrível e mais barata livraria de todos os tempos!
Não há Saraiva, Fnac e nem Livraria da Travessa que se compare. A Barnes and Noble é nacionalmente conhecida, é muito fácil achar uma por aí. Tá, é uma livraria, o que pode ser incrível nisso?

Ela tem um trilhão de sessões (aproximadamente). É tudo quanto é assunto! Pode dizer, lá tem. Eu fui procurar, muito discretamente, livros de RPG - aquele jogo nerd. Tinha certeza que lá teria - não deu outra. Uma parede inteira de dragões, dados e outros elementos mágicos (preciso dizer que isso não era pra mim? Bom... não era pra mim!).

O mais legal é que é realmente permitido que se leia na loja. Na cara de pau mesmo, leve sua canga, seu lanche (pra mim tudo envolve comida) e escolha o livro.


Em toda Barnes and Noble tem uma Starbucks - há! Ou seja, não tem tanta Starbucks quanto nós pensamos nas ruas, tem mais. Socorro! Bom, no café dentro na livraria tem muitas mesas para o cliente poder tomar seu café lendo um livro ou uma revista. E depois devolve, ou compra.


Falando em revista, essa é uma outra especialidade da livraria. Olha só o tamanho da parede repleta de prateleiras dedicadas às periódicas (ela ainda dobra lá na esquina, mas não dá pra ver):


Já falei que os livros são muito baratos? Aí que está - e esse não é um mérito da Barnes and Noble, mas sim da indústria de livros dos EUA - (ou talvez seja apenas um demérito (mais um) do Brasil) os livros são super baratos! Se você quiser comprar um daqueles livros cheios de ilustração, imensose blá blá blá, prepare-se para pagar 40 dólares e olhe lá. Bom, é lógico que existem livros mais caros. Mas os livros normais, custam por volta de 10 dólares. Existem duas versões: a paperback e a hardcover - capa "mole" e capa dura. A paperback é bem mais barata.

Olha que fofa a sessão infantil:


Ainda tem o Membership Card - pausa - Eu descobri porque as carteiras americanas vêm com milhões de lugares para colocar cartão, tudo quanto é lugar aqui te dá um cartãozinho de membro - volta - que dá aos membros 10% de desconto em todas as compras. E esse desconto é cumulativo com outras promoções. Você paga 20 dólares por ano por ele, mas vale a pena nas economias - o desconto é em tudo: livros, revistas, jornais, papelaria...

Ah, a papelaria! Infelizmente quando chegou a hora de fotografar a papelaria a minha atividade ilegal (fotografar) foi descoberta e eu fui desmascarada, não podendo registrar esse paraíso! Moleskines, agendas, cadernos, canetas, mapas, mesinhas de laptop, luzes, marcadores... Para mim a papelaria da Barnes and Noble é melhor do que essas metidas por aqui: Papyrus, Kate's Paperie, etc.

Inclusive, dizem por aí que o melhor reader (tipo Kindle) é o deles: o Nook. Interessante uma livraria incentivar a leitura eletrônica, não? E agora com o Ipad, eles lançaram um aplicativo que disponbiliza milhões de títulos e alguns de graça.

Mesmo que você não esteja interessado em comprar um livro, vale a visita. Até porque, uma hora ou outra, você vai esbarrar com ela por aí...

quinta-feira, 20 de maio de 2010

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Welcome Spring







quarta-feira, 19 de maio de 2010

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Esqueci de falar sobre os taxistas...

Muito importante e só percebido depois de meses aqui - odeio andar de táxi.
Em um dos meus primeiros posts falei sobre a saga de pegar um táxi, falei mal e falei bem. Mas eu não tinha percebido o quão devastante pode ser uma simples corrida nesses veículos.
Os taxistas são loucos. Eles dirigem sem a menor preocupação com a segurança e a saúde do passageiro! É assim: o trânsito é tenso, normal. Mas eles ignoram o fluxo devagar e vão acelerando entre os carros, e o que acontece? Não, eles não conseguem fazer o clássico zigue-zage, a arte de costurar (no Rebouças é clássico) entre carros. Não dá, tem muitos! Então eles vão freando! É um movimento terrível que a pessoa sofre no banco traseiro desse transporte maldito! Imagina só, arrancando e freindo a cada 5 segundos. E nem quando eles param no sinal sossegam.
Quem já dirigiu carro automático sabe - teoricamente quando você pára no sinal tem que colocar no Neutro e pronto. Mas tudo bem, não é condenável que deixe no Drive e permaneça com o pé no freio. O problema é que eles deixam no Drive, então o carro quer ir, e eles vão soltando de poquinho em pouquinho o freio! Então em uma distância de meio metro o cara consegue arrancar e frear 10 vezes.
É realmente muito estressante. Mas não pense que são só os taxis amarelos que fazem isso não. Aqui tem essa distinção: "yellow cab", pois existem aqueles carros pretos que você liga pra chamar ou mesmo passam na rua com preço tabelado. Não importa que você paga caro, vai sofrer de qualquer maneira! Aqui no trabalho eles usam o chamado "Love Cab", carinhosamente apelidado como o "Carro do Amor". Outro dia fui até ali, juro, 5 minutos. Quase vomitei - e esse é um nível que eu não chego NUNCA.
É por isso que ser chique pra mim, meu bem, é andar de metrô a hora que for!

sexta-feira, 14 de maio de 2010

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Você acha que é nerd?

Taxar alguém de nerd pra mim não é muito difícil. Eu meio que tenho a minha própria definição da palavra. Você pode ser nerd de escola, de cozinha, de computador, de maquiagem, de música... Nerd pra mim é quem se dedica muito a qualquer coisa. Eu sou nerd pra caramba! De vááárias coisas. Mas nos últimos anos acho que a palavra nerd chegou a um novo nível com um produto que foi feito especialmente para eles: as séries de TV.

Eu, que só era devota do computador, revistas Capricho, e no máximo Blossom (e também das novelas da Thalia, estilo Maria do Bairro, Maria Mercedes e Marimar), me rendi às viciantes e magníficas séries de televisão que a minha amiga NET fornece.

Eu não vou nem começar a citar aqui as queridinhas da titia, esse post é sobre ele. O meu, o seu, o nosso: LOST. Ô série pra gerar nerd!!!

Bom, aí você pensa: Ok, os nerds de Lost fazem o quê? Além de não perder os episódios toda terça-feira às 21h (aqui nos EUA), podem rever no site da ABC na versão Enhanced (com comentários dos produtores, afinal, ô historinha difícil de acompanhar)... Hum... Que mais? Ah, tem a Lostpedia, que traz resumos e explicações dos episódios, o histórico de cada personagem, blog, chats, uma linha do tempo, etc - tudo isso em 17 idiomas!

Inclusive, descobri lá que esse é o fim de semana do Lost 2010: Vai ter uma festa para os fãs em um hotel na Califórnia sexta, sábado e um brunch no Domingo. Vai ter: Um Dj tocando músicas relacionadas à série (You aaaaalll everybody!), jogos, um leilão Chinês (?!), e outras coisinhas mais. Detalhe: as festas de sexta e sábado terminam respectivamente às 22:30h e 23:30h. Pela bagatela de U$160, é praticamente o Cabo Folia para lisos.

Bom, já que não deu pra eu ir à festa, fiz a minha parte como fã indo a um lugar que meus amigos vão mas eu não conseguia conciliar com meu horário do curso: Assistir a um episódio de Lost em um bar no East Village que dedica seu segundo andar todas as terças-feiras a dezenas de Lost-maníacos.

O Professor Thom's é um bar normal. Fica ali na 2a Avenida. Na entrada, o dono pede a sua identidade, você se espreme no bar e se delicia com um appetizer de Fried Mac and Cheese (no cardápio tem escrito embaixo: "Sim, você leu direito"!). É PERF! Eu fiquei muito encucada: como se frita macarrão com queijo? Ah, mas eles deram um jeito! São triângulos à milanesa do mais cremoso mac and cheese, com direito a um molho de cheddar. Aiai... bom, lá vou eu falando de comida de novo, me perdi!
Voltando... Logo na entrada você vê o aviso:

O segundo andar não é grande, tem um bar no meio e muitas cadeiras viradas para as televisões, como um cinema! Tem um lugar especial, com sofás e um telão - mas pra conseguir sentar lá acampe na tarde anterior. Digo isso porque, os episódios são exibidos às 21h, e sabe que horas tem que chegar para pegar um lugar para sentar?! 19h! Assim você pega os últimos, porque a maior parte das pessoas chega às 18h. Tá doido! Eu fui terça passada, meu amigo Paulo guardou um lugar pra mim, senão teria que ficar em pé ouvindo reclamações de quem está sentado.

Gente, é muito engraçado. Parece que o povo está no cinema, concentração e silêncio incríveis. E pedi uma comida e a garçonete falou que, caso estivesse pronta depois que o bloco tivesse começado, ela só ia me chamar no intervalo! Como eu adoro vídeos toscos, reparem na diferença no ambiente na hora do comercial e quando começa o bloco:


Uniforme dos garçons:

(Professor Thom is my constant)
(O segundo andar se chama Loft)

E o mais legal: a cada episódio, a equipe do bar, que logicamente também é Lost-maníaca, escolhe dois personagens ou objetos e faz uma brincadeira: Se eles aparecerem no episódio do dia, todo mundo ganha uma rodada de shot de graça! E ganha mesmo. No episódio passado, que foi o que eu fui, a aposta era se aparecesse a estátua ou a Penny! Bom, infelizmente nenhum dos dois apareceu e nada de shot pra gente.

Bom, foi uma experiência única. E isso mesmo só aqui em NY, né. Mas eu bem prefiro assistir no conforto da minha cama comendo um mac and cheese não-frito, porém delicioso! E eu já sou nerd o suficiente, e muito facilmente influenciável:


Professor Thom's: 219 2nd Ave - (212) 260-9481

ps: Uma vez que eu fui lá toda feliz apresentar o bar para uns amigos (Guito!), o dono foi tão estúpido que mandou a gente levantar da mesa porque era para 6 pessoas e éramos 4. Depois ficou cobrando identidade de uma maneira muito agressiva, e eu não achava a minha. Aí decidimos ir embora! Dali a 5 minutos ele foi lá fora nos chamar de volta pedindo desculpa e ainda deu uma cerveja para cada um. Asshole!

ps2: Aos que não são nerds, desculpem pelas internas de Lost. Mas se eu fosse vocês, ia assistir!

sábado, 8 de maio de 2010

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Com o pé na cova - Parte 2

Vocês não sabem o que me aconteceu!

Não, eu não fui pro hospital de novo (sobre esse assunto digo que a conta deu +- 8 mil dólares, + 500 dólares da ambulância - até parece que me dirigiram até o Canadá de tão caro - e estamos vendo com o plano o que devemos pagar ou não. Perf!).

Para quem não sabe este mês estou estagiando na Globo aqui em NY. Comecei segunda e estou amando! Só reportagem legal, a equipe de correspondentes é o máximo, o escritório é lindo e eu apareço no fundo quando entra ao vivo! Haha, bem Robert. Me acompanhem!

Pois bem... ontem fomos fazer uma matéria para o Fantástico sobre... adivinhem - sim, oh, a bomba na Times Square! A produção conseguiu um terraço super bem localizado para filmar lá de cima a área que seria atingida caso o terrorista incompetente tivesse conseguido explodir o carro. Aí a arte faria uma animação para mostrar a explosão e tal (hoje, no Fantástico!).

Foi bem legal, fiquei me comunicando com o Paulo (o outro estagiário e meu super amigo!), que estava lá em cima, dando as coordenadas para o repórter (Rodrigo Alvarez). Uma baita equipe envolvida! Ok, passagem gravada, imagens feitas, tudo certo. Um dos câmeras desceu ao nosso encontro (Luis Alves, o Tigrão!) e segundos depois a polícia começa a interditar as quadras centrais da Times Square. BOMBA DE NOVO?!

A polícia gritando, o pessoal se afastando... E nós, povo da TV, querendo é ficar mais e mais perto do perigo pra mostrar o que estava acontecendo! Que loucura.


Mas olha, bem que tinha uma boa parcela da população atrapalhando nosso trabalho de sermos curiosos sozinhos. A polícia foi fechando as quadras com a fitinha, e o povo só queria saber de lerdear. E se tivesse uma bomba mesmo?! Todo mundo com o umbigo na fita de segurança pra tentar ver o que estava acontecendo. Se isso fosse no Brasil, tenho certeza que ia ser pior ainda! Até porque pra quem é brazuca mesmo, uma ameacinha de bomba não é nada, né? Por isso mesmo eu tava lá tranquilona também.
Até porque no fim das contas se descobriu que era uma mochila com garrafas de plástico. Esse povo tá neuróóótico!


Mas foi super legal. Chegou o esquadrão anti-bombas, e quem viu The Hurt Locker sabe do que eu tô falando: aquele cara (com o pior emprego ever) vestido de astronauta tentando descobrir o que tem dentro do 'pacote suspeito' e, caso fosse uma bomba, desarmá-la. Aí ele mexia um pouco e se afastava rápido. Sabe quando você fecha um olho só pensando: "aaaai, é agora". Aí ele voltava, assim como as expressões faciais desta que vos escreve. Uma tensãozinha no ar...

Bom, no fim tudo deu mais do que certo. Eu queria levantar minha plaquinha: "Eu já sabia!".

O que foi bem legal pra essa estagiária aqui foi ver que pra ser jornalista tem que ter sorte e persistência. A Globo teve as imagens exclusivas lá de cima do cara desarmando a 'bomba', da evacuação da Times Square, e depois de tudo voltando ao normal. O que era pra ser uma reportagem especial para o Fantástico virou uma exclusiva do "Terror em NY" para o Jornal Nacional de mais tarde. Assistam aqui (e reparem na figuração mais do que especial de óculos vermelhos atrás do garoto dando entrevista no seg. 00:54, há!).

Foi muito inspirador ver a vontade da equipe (Rodrigo Alvarez, Luiz Azevedo e Tigrão, e a produção também) em fincar o pé ali, negociar com o dono do terraço que queria expulsá-los lá de cima (que, by the way, era sinistro de não-seguro) e gravar as passagens ali na hora, improvisado e sem muita informação da polícia - que não te diz nada mesmo que você implore.


As prioridades se invertem em um segundo - o deadline vai pro lixo, alguém tem que vir correndo trazer mais bateria pro microfone, pra câmera, mais discos pra gravação. Não pode beber muita água para não querer ir ao banheiro e perder a primeira fila do espetáculo. O pessoal lá de cima via o que estava acontecendo melhor que a gente, passava as informações e o Rodrigo ia gravando. Demais!

Agora... depois de tanta insistência do meu pai para eu ter largado o Rio pelos EUA (ao menos temporariamente), se eu morresse de bomba esses terroristas iam se ver com ele!!!

*Não dá nem pra dar a desculpa que aqui não bate sol. Todo mundo moreno a minha volta! Fazer o quê?!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

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Nao sei nem como legendar

Andando pela 5a Avenida...