sexta-feira, 30 de abril de 2010

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Onde estiver, estarei!

Para os marmanjos que estavam reclamando que eu só falava de comida, devo dizer: get over it! Eu adoro comer, falar de comida, e vou continuar com meus posts sobre o assunto!!! Porém, como sou uma pessoa muito flexível e eclética, o post de hoje será sobre algo muito mais... másculo.

Libertadores. Oitavas de final. Flamengo e Corinthias. Justin TV quebra o galho para assistir ao jogo, mas hum... Estamos em NY, podemos fazer melhor! Certo?

Certo!

O Nevada Smiths foi indicado por um professor do meu curso para assistir aos jogos de futebol (o nosso futebol, não o football deles, aquela chatice). E não é que o americano tinha razão?! Na primeira vez que eu fui (não lembro o jogo, era Fevereiro), sentei sozinha no bar e pedi uma cerveja com a minha camisa do Flamengo. Daqui a pouco vai entrando um monte de gente com a camisa do time e eu percebi que estava no lugar certo!


O Nevada, que fica no Lower East Side, transmite esportes em geral, mas principalmente 'soccer'. Tem várias televisões (14) de plasma ao longo do bar e um telão no fundo, que geralmente passa o jogo com o maior número de torcedores presentes. E, incrível, sempre que eu vou é o do Flamengo. Que coisa!

O melhor de encontrar flamenguistas aqui em NY é o fato de eles serem cariocas, o que é muito raro por aqui. Os brasileiros que eu encontro são todos paulistas, meu! Nada contra (eu sou paulista, sabiam?), mas não se compara ao nosso jeitinho e sotaque! Que maravilha. Além de tudo são cariocas com bom gosto né.

(Reparem no corinthiano insuportável berrando à esquerda)

(olha o Robinho aí de amarelo)

Enfim, nem sou a maior fã de futebol do mundo, e acho um tanto triste acompanhar seu time de longe, sem poder (pelo menos tentar) ir ao estádio de vez em quando. Mas além de ser super divertido, quebra o maior galho pra quem não tem como ver os jogos em casa.

A torcida que vai ao bar é fiel. Tem bandeira personalizada (Raça Rubrooklyn Negra, vide foto!), gritos e músicas vindos direto do Maraca, camisas novas, e muito conhecimento do esporte! Não é só o Flamengo que pinta por lá, mas como eu só vou em dia de jogo do Mengão, não posso atestar a qualidade dos outros times ali. Só sei que tem uma faixa cativa no bar da Gaviões da Fiel, e a torcida do Corinthians nessa última quarta não fez feio (diferente do time, há!). Devo ressaltar que com tanto corinthiano e flamenguista em um bar, aquele deve ter virado o ponto mais perigoso de NY! Hahaha, é triste!

(Peter Azen e Dudu Zilberman, fundadores da Raça Rubrooklyn Negra.)


Foi uma briga, gritos de um lado, gritos de outro. É duro ver jogo ao lado de paulistas falando: "Que puta defesa bôa, velho!". Arrrgh! Mas eu bem queria ter ouvido "Aqui tem um bando de locooo, loco por ti Corinthians". Só que eles não cantaram essa =(. (Carol, sei que você ia puxar se estivesse lá!).


Muito toscamente, eu tentei filmar alguma coisa para mostrar aqui. Como vocês podem ver, eu até filmei a hora do gol! O que foi muito física e psicologicamente difícil! Reparem que uma voz esganiçada feminina no meio de um bando de homem gritando GOOOL só pode ser a minha. Ai, não me canso de passar vergonha nesse blog.


Enfim, quarta-feira que vem tem mais. Quem gostar de futebol e estiver por aqui, é só conferir a programação no site. Para eles, "Footbal is religion". Já tenho endereço na Copa!

Ah! Mais uma coisa...

O Nevada não se restringe somente aos esportes. Outro dia fui lá para uma festa de Couch Surfing que estava tendo no andar de baixo (eu nem sabia que tinha um andar de baixo!). Quando acabou, subimos e estava rolando um karaokê super animado! Tem aqueles livros imensos para escolher a música, você põe seu nome e entra na fila. As letras aparecem no telão, que agora conta com um palco, e nas telas na sua frente. É o máximo!

Vê se dá pra reconhecer algumas pérolas cantadas no dia que eu fui:


E claro...


O karaokê acontece toda terça-feira.

Nevada Smiths - 74 Third Ave (Between 11th & 12th Streets) - (212) 982-2591



Ps: Ponto negativo do bar: Não tem comida!!!
Mas eles deixam você levar...

Ps2: Créditos da minha linda e maravilhosa camisa autografada ao incrível namorado João!


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O cúmulo!

Lembram que eu falei da nerdice extrema dos americanos jovens com o tal do Blackberry?
Acreditam que existe um estilo de pintar as unhas vindo da prática de digitar no celular?!
É isso mesmo, o nome é Blackberry Bling, que consiste em:

Todas as unhas de uma cor e a unha do dedão de outra, preferencialmente mais chamativa para se destacar quando você estiver freneticamente falando com seus amigos pelo BBM (Blackberry Messenger).

Eu já tinha visto várias pessoas com uma ou duas unhas pintadas de uma cor diferente na rua. Até tinha achado divertido e mais dia, menos dia, aposto que eu vou fazer isso também (é, eu não tenho critérios). Mas não sabia que tinha até nome! E pior, que tinha uma origem tão nerd.


(Gente, essa mão não é minha!)
Olha a explicação da manicure (gênia) que inventou o termo:

“Everyone has a BlackBerry, and even if you don’t, you’ve got something that you’re texting and emailing on all day--with your thumbs. Since your thumbs are always in sight they’ve become a huge fashion accessory.”

(Todo mundo tem um BlackBerry, e mesmo que você não tenha, você tem algo que te faz digitar e mandar e-mails o dia todo - com os seus dedões. Como eles estão sempre à vista, se tornaram um grande acessório fashion.")

Leiam aqui mais detalhes sobre essa tendência MUST!

E eu já tava pensando que, por ser usuária de Iphone, estava fora dessa moda. Ufa, ainda bem que não!

Rosa ou dourado para os meus dedões?


(Fonte: Spotted At Fashion Week: The "Blackberry Bling" Nail Trend, Glamour.com)

quarta-feira, 28 de abril de 2010

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Um mundo de Hot Dogs

Quando passamos na frente do Papaya King, uma lanchonete muito com cara de que falta pouco para ser fechada pela vigilância sanitária, alguém me disse: "Aqui tem o melhor cachorro quente de NY!". Com a minha melhor cara de nojo, dando mais uma olhada no local, falei: "Jura?!".

O Papaya King engana! Desde as escolhas visuais muito duvidosas, passando pela grosseria e ignorância dos atendentes até o espaço apertado que exibe caixas de papelão que claramente deveriam ficar no estoque, você pensa que está naqueles bares de Copacabana com X Tudo e vitaminas mil. Porém, caro leitor, eu testei e aprovei! Que maravilha de cachorro quente!!!

Devido ao excesso de informação visual, ficou difícil entender completamente o cardápio, mas pelo que eu entendi, as especialidades do local são duas: o já citado cachorro quente e os sucos (esses eu não fiz questão de atestar a qualidade).

Eles têm um lema: Papaya King Frankfurters are tastier than fillet mignon. Eu bem que tentei interpretar a frase, mas não consegui entender muito. Pra começar, não sei o que são Frankfurters - será que são as salsichas? Bom, tudo o que eu sei é que são tasty mesmo!

O cachorro quente vem naquele pão simples à la Geneal (pior cachorro quente do mundo - sim, eu sei que há controvérsias), e você pode escolher todo o resto. Tem diferentes tipos de salsicha e 'molho': Chilli, queijo, cogumelos, cebola (nas mais diversas versões), pimenta, cole slaw (tipo uma salada de repolho com maionese), etc. Daí você faz as combinações!


Eu pedi o de chilli com cheddar, uma combinação bem levinha (custou U$2,49). E provei também o combo que vem com cebolas fritas, uma delííícia! Tem até um cachorro quente que vem com elas on top - minha próxima vítima. Ah, como diversos lugares aqui, só tem Pepsi! Argh! E é stand-up, ou seja, sem cadeiras ou mesas - tem uma bancadinha.


Descobri que essa filial que eu fui (do Upper East) foi a primeira já aberta pelo dono, que era um grego recém chegado aos EUA. Ele viajou para a Flórida e se encantou com as frutas tropicais de lá e resolveu abrir uma casa de sucos com essas belezuras em pela NY em MIL NOVECENTOS E TRINTA, é isso mesmo, 1930! Eita, faz tempo. E se chamava na época Hawaiian Tropical Drinks, Inc.

Tá, aí olha que viagem: A loja não tava fazendo sucesso e as frutas apodrecendo, então ele decidiu colocar sainhas havaianas nas garçonetes e plantá-las na porta da loja distribuindo provinhas dos sucos. Pronto! Sério, esse é sempre o segredo de algo bem sucedido? Homens, cresçam!!!
Tudo ia muito bem, tudo ia muito bom. Mas o grego (chamado Gus Poulos, lindo nome) sentiu que faltava alguma coisa (hummm, já imaginamos o quê né!). Um belo dia, resumindo, ele estava andando de patins pra impressionar uma gatinha alemã (Birdie, outro lindo nome), caiu e se machucou todo. Ela ficou cuidando dele, levando comida alemã. Daí, quando eles se casaram, o cachorro quente (o tal de frankfurter) entrou de vez na vidinha mais ou menos dos sucos! Thanks, Birdie!

O nome do lugar mudou porque alguém apelidou nosso amigo Gus de Papaya King. Ao longo dos anos, eles abriram várias lojas pelos EUA, inclusive uma na frente da filial da rua 86 (essa que eu falei acima), no melhor estilo Starbucks. Mas pelo visto, com a morte do Gus, o resto da família tomou conta do negócio e, sabe-se lá porque, só existem umas 4 lojas por aí.

Papaya King - 179 East 86th Street (esquina com a 3rd Ave) - (212) 369-0648

Fica aberto todo dia até meia-noite e sextas e sábados até às 2am!

domingo, 25 de abril de 2010

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Pechinchando

Esse negócio de brechó virou a maior moda nos últimos tempos, né? Acho que no mundo todo, inclusive no Brasil. Eu sempre tive um pouco de preconceito - usar roupa de gente que eu não sei quem é? E para mim não existe isso de que só em brechó se acha peças de roupa vintage, isso tem em qualquer lugar - novinho, novinho. E bem caro também!
Para quem frequenta os da moda (se alguém quiser complementar com dicas, sinta-se à vontade), sabe muito bem que nem é tããão barato assim quanto se pode imaginar.
Virou até tão "cool" ter peças de brechó quanto das marcas super famosas. Principamente se o dito cujo for overseas (Renata usa calça da Osklen, óculos Gucci, bolsa que roubou do armário da avó, relógio H Stern e botas adquiridas em um brechó em Londres. Ponto pra Renata!). Eu sou muito implicante com essas coisas de moda, mas uma hora ou outra, acabo de rendendo e mordendo minha língua.

Assim como Raul, quero dizer agora o oposto do que disse antes!

Brechó é um barato! Você não tem a menor ideia de que marca é aquilo, se vai caber em você, se quem usou antes foi uma mulher que engordou muito e a roupa não cabe mais ou uma velha que resolveu, depois de muitos anos, vender suas roupas (são as minhas teorias preferidas). 7 entre cada 10 peças são pratos cheios para gargalhadas e viagens da imaginação.

Só fui a um brechó na vida, e isto foi na semana passada. Cool por cool, fui no brechó mais cool do bairro mais cool da cidade mais cool (Renata morreria de inveja): Beacon's Closet, no Brooklyn.


Eu já tinha muito ouvido falar, não sei se ele é famoso por aí, mas aqui em NY quanto você fala em brechó é o primeiro que as pessoas te indicam. Ele fica pertinho da Bedford, que é a Avenida.. humm, cool, de Williamsburg. Fui lá acompanhada da minha amiga mais perua e de um amigo que compartilhou da minha loucura de experimentar várias roupas só pensando em quantas doenças ou coisas do gênero poderíamos estar contraindo naqueles momentos. Mas pra quem anda de metrô, uma roupinha usada é balela!


Para mim o símbolo da loja me lembra o Marcelo Tas (ídolo da minha monografia), portanto não consigo aceitar que aquilo seja um bebê. As sacolas de plástico são rosa, e enfeitam as mãos de boa parte das pessoas que passeiam por aquela rua (a rua não tem nada, só uma loja que parece ser beeem legal pra quem curte skate, é logo ao lado). Assim como todos os lugares bacanas de NY, 50% da graça do local são os frequentadores. Infelizmente eu não tenho vocação para papparazo(a). É uma pena, tem tanta gente que eu queria mostrar!


Bom, chegando lá, a primeira coisa que você nota é: Nossa, quanta roupa! E aí vai vendo que está tudo perfeitamente organizado, nas araras redondas, por cores. Em cima de cada uma, uma circunferência de sapatos de diversos tamanhos (o chato é que não dá pra pedir maior/menor, né. tem que ter fé!) combinando com as roupas embaixo. O lado esquerdo é dedicado aos homens, que como já era de se prever, são menos agraciados com as bugigangas.


Mas, como reclamei acima, não achei super barato não, viu? Comprei dois vestidos por U$15 - tá, razoável, e deixei de levar uma blusa que custava U$18, achei um abuzinho. E sabe quando você se decide na beira do caixa e dá para o cara com a maior dor no coração falando: É, essa eu não vou levar... Aí ele coloca num bolo de roupas atrás dele, que você sabe que vão voltar para as araras e alguém vai arrematar a sua blusa e te fazer super arrependida (muher é fogo)? Pois é... Mas, para me deixar melhor, o vendedor jogou a blusa no chão e falou: Esse é o bolo de roupas que a gente manda queimar. Se você não tem, ninguém mais vai ter, não precisa se preocupar. Yeah! Atendimento: nota 10!


Falando em atendimento, foi estranho levar roupas para provar e a mulher não se dar por satisfeita com a minha palavra dizendo quantas peças eu levava. Eles põem nm cabide e vão abrindo peça por peça, olhando mesmo dentro dos vestidos e blusas para ver se você não está fazendo aquele ótimo negócio 2 por 1.

Deve ser complicado mesmo cuidar da segurança, as peças não têm alarme, é tudo meio solto. E vamos combinar, tem que ser muito espírito de porco pra ir roubar brechó. Mas acontece, reparem no aviso abaixo:

Falando em espírito de porco, uma das coisas mais divertidas de brechó são os 'achados' incríveis - nunca vá sozinho! Para quem você vai mostrar as peças mais inusitadas?


Além de roupas, o Beacon's Closet tem muito de tudo! Cintos, brincos, anéis, óculos e uma área reservada só para bolsas. Infelizmente, não achei minha Louis Vuitton ou Chanel por U$15 lá...
Também tem uma sessão de coisas não-usadas, uma mesa com objetos interessantes. Falando em usado, não achei que as peças lá estavam nem um pouco com cara de acabadas. É lógico, quanto mais 'vintage', mais velho era e dá para notar. Mas o resto, parece roupas que temos no armário e já usamos. E é muito provável que eles dêem uma boa desinfetada em tudo! Isso me leva ao processo de seleção das roupas. Você pode levar lá mesmo sua sacolinha de roupas usadas que quiser vender. O balcão de compra ou troca fica na parte masculina. E se você tive uma alma elevada, também tem uma prateleira de doações, que eu senti que não faz tanto sucesso, vide foto!



Para saber as regras de venda e troca clica aqui.
O Beacon's closet tem duas filiais em NY. Além desta de Williamsburg também tem em Park Slope (92 5th avenue - também no Brooklyn). Mesmo que você não seja adepto do "tudo que é meu, é seu", vale a pena dar uma passadinha para conhecer. É diversão na certa, principalmente se você for debochado como eu!

Beacon's Closet - 88 n 11th street, Brooklyn - 718.486.0816

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Satisfações

Caso alguém tenha entrado aqui e se incomodado com a lerdeza do blog, eu explico:
Tô com dois amigos aqui!
Guito, que está hospedado no meu quarto (é muito amor mesmo, fala sério) e vai ficar até dia 02/05 e a Carolzinha que fez uma surpresa pra mim no meio do Times Square que eu quase morri do coração e de alegria!!!

Então estou muito ocupada passeando com eles por aí. Descobri que sou uma péssima guia - digo que sei chegar nos lugares e quando saio do metrô vejo que nunca estive lá antes. Mesmo nos lugares que eu sempre vou! Como é possível?

Bom, só pra vocês verem:

1) Quem são
2) Onde obviamente eu os levei
3) Como são retardados!


Tenho várias coisas pra escrever aqui, só vim prestar satisfações.
Me aguardem!

sexta-feira, 16 de abril de 2010

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Apple Store


Se tem uma coisa que eu entendo bem é loja. É triste, mas é verdade.

Eu nem sabia da existência desta sobre a qual escrevo hoje. Mas depois de um passeio no Central Park, andando em direção à 5a Avenida é impossível não notar a maçã flutuante de Steve Jobs. (No mapa tá uma estrelinha, o Paint não tem maçã!)

As Apple Stores não são nenhuma novidade, todas lindas, branquinhas, com os novos modelos de Ipods e MacBooks para livre uso de quem estiver passando. A parede cheia de acessórios para os produtos também está presente em todas as filias. O mais legal pra mim até então dessas lojas nos shoppings da Flórida ou em lojas de rua eram as vitrines. Sempre muito criativas e atraentes!

Mas a Apple Store da 5a Avenida nem tem vitrine! E precisa?


Eu não sei o que acontece nessa cidade (quer dizer, sei sim: tudo!) que em certos lugares parece que é SEMPRE feriado! A gente tá em mês de férias? Sei lá. Pra mim era só no começo e fim do ano ou no meio, mas o povo gosta mesmo de viajar. Tem turista o tempo todo em todo lugar e com muita disposição! Já falei aqui sobre o quanto não me sinto à vontade cercada de turistas, né? Mas não adianta, tentei esperar pra ir no MoMa, na Apple Store, e em outros lugares, pensando que: "Ah, agora tá muito cheio, daqui a pouco esvazia..." Esvazia nada! Prende a respiração e se joga na massa!

Enfim, estou dizendo adeus ao PC e migrando para o Mac. Nerd como sou, não sei como isso ainda não aconteceu antes. Estou muito apreensiva, é um whole new world. Mas como tenho usado bastante o dito cujo no curso (de cinema), para editar e outras coisas, já estou me acostumando. Ainda não decidi qual será - por isso fui à loja para poder pesquisar. E percebi que as pessoas vão lá achando que é Lan House! Caceta! Todo mundo usando o e-mail, vendo vídeos no Youtube (devo admitir que também usei o e-mail, mas era com propósito de testar a confortabilidade do teclado!), jogando... Galera, vocês tão em NY, vão passear no Central Park ali do lado ou fazer umas comprinhas na 5a Av.!
Mas nããão.. Olha a filinha pra pagar:


Isso é possível porque a loja é lotada de todos os notebooks, desktops, Ipods, Iphones, Ipads da marca. É muito computador, são +- uns 10 exemplares do mesmo modelo. Não dá nem pra dizer que eles estão exagerando, a demanda exige!


É uma experiência, não é o simples ato de comprar. Em certas mesas, tem palestras sobre um produto. Wokrshops, como eles chamam. Tem um vendedor no canto da mesa, com um microfone e uma tela ao lado que mostra o que ele está fazendo. Da outra vez que eu fui ele estava usando um Iphone e tinha uma câmera posicionada em cima do aparelho que transmitia a imagem ao vivo para os 'alunos' ao redor da mesa. Ontem era o Ipad.

Que, aliás, é obviamente a sensação do momento (papai já tem o seu, não falei?!). A loja está coberta de propagandas dele. Ele é lindo, ele é charmoso, ele é multi-funcional. Ele, pra mim, por enquanto, é um Iphone gigante! Depois de esperar alguns minutos, tive acesso a um (nesse caso tem uns 30 Ipads para os clientes usarem, não apenas 10 como os outros 'mortais' da Apple). Usei um pouco, o vídeo é realmente sensacional, ou sença (nova gíria, by Cadu)! Infelizmente não deu pra perceber se o som era bom pelo barulho que estava na loja! Achei meio pesado pra ficar segurando, mas também, eu sou meio fracota.

No site da loja tem os horários para Workshops e eventos, como "Meet your new Ipad" (conheça seu novo Ipad), ou "GarageBand hands-on Workshop" (Workshop prático do GarageBand). Dá para fazer uma 'viagem de campo' (como fala isso mesmo?) com seus alunos pela loja, entre outros. Eles têm um lema: "Come to shop. Return to learn" (Venha para comprar, volte para aprender).


Não posso deixar de frisar o quão linda é a loja. É bem grande e espaçosa - ou era pra ser, sem as milhares de pessoas! Entre o Central Park e a arquitetura clássica da 5a Avenida, foi erguido em uma praça (que é uma graça, com um chafariz e várias mesinhas) um imenso 'bloco' de vidro - a loja é subterrânea! Tem até um elevador lindo para os preguiçosos. É tudo feito de vidro na entrada, desde o chão até as escadas e paredes do elevador. Ã noite, com a iluminação, ela fica ainda mais bonita (vejam no site a foto profissa).



Um dos segredos da fortuna de Steve, ao meu ver, não são os dispositivos em si apenas. Mas o que vem com ele. Porque todo mundo queria um Ipod? Eu tive o mini, o shuffle, o touch, o nano... Eles quebram antes de outro MP3, não têm conserto, são mais caros e muitas vezes com menos capacidade do que outros. O design é sempre de babar, de qualquer produto Apple. Mas e os acessórios? E todo o mundo que gira em torno de um simples aparelhinho?
Desde capas até rádios de carro que vem dizendo: feito para Ipod. Ipod mesmo, não é MP3! Será que eles têm alguma relação com a Apple? Ou só sabem que vão se dar bem se grudarem no produto?

As capas aqui são surreais, tem de tudo! Pra computadores e Iphones/Ipods. Tem lojas, como a Juicy Couture, que são adeptas de terem a sua versão - e cobram uma nota por isso! Então é isso, você compra o telefone, ou o MP3 ou o computador. Aí logo abaixo do seu pedido (se for online) ou na parede ao lado tem: 'tudo o que você precisa para incrementar seu produto'. E é isso aí, um cabinho aqui, um carregadorzinho ali, um programinha acolá. É um mundo de produtos complementares! Além do mundo virtual, agora com os aplicativos, como já disse há alguns posts.

Sem contar com os milhares de fones incríveis e caixas de som feitas especialmente para o Ipod. Principalmente Bose, que custa o preço do próprio aparelho. Eu ouvi alguém na loja dizer algo sobre os 'Ifans'. É, esse tipo 'I' também não falta por lá!

Não sei se deu pra entender, mas o que quero dizer é que você acaba não só gastando R$200 no Ipod ou U$1000 no computador. A Apple e outras indústrias vêm com milhões de coisas especialmente para você! Isso é bom? Sei lá! Pra quem é compulsivo desequilibrado que nem eu, não. A Amazon já cansou de me entregar capinhas de Iphone coloridas.


Apple Store: 767 Fifth Ave - (212) 336-1440 (na altura da 59th)

(também tem uma mais para Downtown, vou pesquisar)

terça-feira, 13 de abril de 2010

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Washington - Parte 1

Tenho um problema.
Odeio turistas. Odeio turistas no Rio, enquanto eu tento pedalar pela Orla (neste verão atropelei uns 3 e berrei com 27). Odeio turistas em qualquer lugar! Mas o problema mesmo é que eu odeio turistas turistando enquanto eu quero turistar! Entende?

A grande ironia é que eu adoro ser turista - máquina na barriga, mapa da cidade, mapa do metrô, protetor solar (o mundo é cruel para com a minha tonalidade), agora com a modernidade (já citada há dois posts) GPS do telefone, bicicleta pra alugar, fotos a cada metro (inclusive aquelas toscas fingindo que está encostando na pontinha ou empurrando o ponto turístico).

Bom, deu pra sacar né? Ah, não, peraí. Quando cheguei a Washington a primeira coisa que fiz (depois de um almoço muito bom na própria Union Station) fui subir a bordo, de mala e cuia, naqueles ônibus vermelhos ridículos de dois andares que passeiam pela cidade com uma gravação pra cada ponto que a gente passa! Pronto, agora não dá pra ser mais ridiculamente turista.

Minto, dá sim:


Estou há mais de dois meses em NY, que fica a um pouco mais de 4 horas de Ônibus de D.C.. Meu irmão mora lá e até então estava com preguiça de ir. Já falei da minha amiga argentina Gaby né? Pois é, ela foi embora (buáááá) dia 6 e queria conhecer Washington antes de ir. Pronto! Lá fomos nós no último fim de semana dela aqui. Oh, céus, como haveria jeito de eu saber que esse era exatamente o fim de semana mais movimentado de todos os fins de semana mais movimentados de um lugar turístico na face da terra? Sim sim, é lindo e tal, mas esse tal de Cherry Blossom Festival veio na hora errada pra mim!

Bom, dois dias antes, marcamos o hotel (o mais barato! longe de tudo, no meio do nada, acho que a gente tava mais perto de NY do que de DC) e o ônibus.

Ps para viagens de ônibus

Pelo que vi, viajar de ônibus por aqui é muito fácil. Eu não sei quais são as rotas privilegiadas por esse transporte, mas tive uma experiência muito boa. Coloquei no Google: NY to DC, e adivinhem, me apareceu uma empresa que se chama: DC2NY! Perf (é minha nova gíria, com ênfase no F)! O ônibus mais famoso dessa rota é o Bolt Bus, mas não tinha mais vaga. A viagem custa de U$18 a U$20 a perna. Tranquilo, né? Também tem o trem, que eu pesquisei e vi uns preços exorbitantes - com certeza olhei errado porque todo mundo disse que é uns U$50. Enfim, tudo bem! O trem vai mais rápido, mas não achei longa a viagem de ônibus - que é sem paradas. E o melhor! Quem lê meu blog sabe, tem internet wireless no ônibus! O máximo. Todo mundo no ônibus com seus laptops (ligados no Facebook, 24/7 online, galera, não saudável, não saudável!).

Assim que chegamos, como já falei, pegamos aquele ônibus vermelho que garante um carimbo de turista no meio da testa da pessoa. U$35. Caro, né? Mas na hora pareceu uma boa ideia, porque o passe vale por 2 dias e é no estilo hop on/hop off, ou seja, você salta nos pontos que desejar e de meia em meia hora passa outro para você continuar a viagem. E como a cidade é pequena, acho que dá pra ver tudo usando o ônibus como transporte. Além de, como eu disse, gosto mesmo de ser turista, então é super legal as explicações do nosso guia virtual.

Porém, como já dito acima, a multidão de turistas empacava tudo o que era pra ser divertido - quando o ônibus chegava na estação que a gente queria subir, ele estava lotado e tínhamos que ir embaixo, onde nao dá pra ver direito! A graça é ficar lá em cima né. E também estava o maior engarrafamento pelas ruas da cidade, então o guia acabava de descrever e ficávamos mais uns 25 minutos parados no trânsito admirando o monumento. Aff!

Mas fora isso, amei a cidade. De fato o Cherry Blossom Festival é lindo. Vai do dia 27 de Março a 11 de Abril e é nacional. É o início da primavera e as árvores de flor de cereijeira ficam lindas, cheias e rosas! Elas povoam principalmente o espaço entre o National Mall e o U. S. Capitol, onde tem um gramado beeem extenso e as pessoas ficam lá deitadas, comendo, brincando, dormindo e admirando a beleza do lugar. As árvores de cereijeira foram doadas pelos japoneses em 1912 - 3000 delas! Curiosidade: Eles tentaram presentear com 2000 árvores em 1910, mas elas chegaram "bichadas" com alguma doença e tiveram que ser destruídas.

Washington é beeem organizado, limpo. Me parece que tudo funciona! Lógico né, o presidente passa por ali.. É também do tipo de cidade que você não precisa de muito conhecimento pra andar, é muito pequena. Tem a área dos monumentos, que dá pra ir andando de um pro outro, passando por todos os museus. Tem Dupont Circle, que tem como centro uma praça redonda (han.. circle!) com várias ruas bem bonitas a volta, com muitos restaurantes, cafés e bares. E tem Georgetown, que por algum mistério da natureza não tem metrô, o que dificulta tudo na vida de uma pessoa. Mas lá que é bom para quem quiser fazer compras, muitas lojas!


Incrível: ao contrário de NY, onde os museus custam os olhos da cara, em D.C. a maior parte é de graça! Costumo dizer que os museus 'sérios' são de graça, como o Museu do Holocausto, de História Americana, História Natural, Air and Space, os do Smithsonian, etc (cara, Washington só tem museu!). Também tem os mais 'descontraídos', que tem que pagar, tipo o Spy Museum, Newseum (museu de jornalismo que eu quero muito ir, viu Pedro!), Museu do Crime, essas coisas... Queria ir em todos, mas foi impossível pensar em enfrentar qualquer uma daquelas filas imensas e depois chegar ao museu e não conseguir parar para ler alguma coisa pois a massa de pessoas te empurrava. Foi o que aconteceu no único museu que fomos: o Holocaust Memorial Museum. Chegamos cedo, a fila nem estava imensa ainda. Conseguimos ingressos de uma moça que tinha sobrando (ainda não entendi, os ingressos são de graça, mas não sei onde você arruma). Mas não dava, como a Gaby disse, parecia que estávamos num show, sabe? De tanta gente!

Mas este museu é muito bom! Muito bem feito... Eu fico muito impressionada com esse assunto e já prometi a mim mesma que não vou ver mais filmes com este tema! Chega! Mas enfim, a Gaby queria muito ir e eu fiquei feliz que fomos. É o máximo, tem uniformes dos alemães nazistas e dos judeus presos nos campos, tem as camas usadas nos campos, fotos, depoimentos, vídeos... Cada andar representa uma época na história do Holocausto. É imenso e muito bem elaborado, vale a visita. Mas, seguindo a dica do Pedro, meu amigo especialista na cidade, visite por último, pois é o tipo de museu estraga-viagem - saí de lá chorando!!!
E devo admitir que não olhei tudo. Eu gosto de ficar 3 horas no museu lendo tudo. Mas era impossível com tanta gente! Além de um bando de criança. Ok, aqui fica a pergunta:

  • Por que levar crianças para Washington?! Não é um bom programa infantil, eu odiaria se fosse criança! Não tem nada pra brincar, só coisa séria! Alooou, a Disney é logo ali!
Tá, tudo em Washington me impressionou. Mas o metrô...! Caraca! Parece que você está em outro mundo. Devo admitir que achei uma bosta a linha em si. Estou acostumada com as 700 linhas de NY, onde você chega a qualquer lugar por debaixo da terra. Em D.C. é muito diferente, olha só:

Enfim, tirando isso, o metrô é demais! As estações são super limpas, e com um clima de primeiro mundo incrível. A luz é baixinha, e dentro dos carros, tem carpete e os bancos são acolchoados! Se tem gente que dorme voltando pra casa no metrô do Rio ou de NY, em D.C. pode já levar a roupa pro dia seguinte e curtir a madrugada de sono profundo.


Bom, depois do primeiro dia de turismo intenso, me separei da Gaby (que foi ao Lincoln Memorial e outras coisas do gênero) e eu fui encontrar com meu irmão em Dupont Circle, onde ficamos com os amigos dele sentados sem fazer nada durante horas, ele me levou para conhcer o Mr. Yogato, depois pedimos comida e fomos para a casa das amigas dele (moram 4 lá) e depois fui-me embora! Uma parte de mim ama turistar, mas eu gosto mesmo de conhecer um lugar vivendo a vida das pessoas que moram lá. Essa é a realidade. Porque mal ou bem se você só conhece os pontos turísticos, sai de lá tendo visto o que todo mundo vê em dois dias e não sabe o quando a vida lá é diferente (ou não) da sua. Filosofei, né? Espero que tenha dado para entender!


Bom, no mais, até foi legal ter conhecido (finalmente) os Obama. A Michelle é mesmo uma fofa e o Barack não pára de rir. Foi mais fácil do que eu pensava entrar na Casa Branca (que é menor do que parece). Brasileiro consegue tudo, né?


O post fica por aqui (amiguinhos!) É lógico que tem mais coisas, mas pelos míseros dois dias que eu passei lá foi o que deu pra notar de mais interessante. Esse post é 'Washington - Parte 1', porque com certeza irei lá mais vezes.