quarta-feira, 10 de março de 2010

Um cafezinho, por favor

"Never be without great coffee".

De onde você acha que pode vir essa frase? Yeap! Starbucks.

Durante este tempo que estou aqui venho me perguntando, qual será o sucesso dessa imeeensa rede? Será mesmo só pelo "ótimo café"?
Bom, eu não sou nenhuma expert em café - amo o cheiro e tomo com leite - o que deve fazer de mim uma completa leiga provavelmente. Mas com essa vida de frio e muita besteira pra comer, o café tem sido um ótimo companheiro nas horas que eu quero devorar três cupcakes e um bagel cheio de manteiga! Então assim começa mais uma apaixonada pela Starbucks. [como se eles precisassem de mais um.]

Quando abriu uma Starbucks no Shopping Leblon, no Rio, eu logo pensei: eba! No momento eu só tomava o Frapuccino que vem na garrafinha de vidro... foi quando eu contente e alegre enfrentei a fila e vi que esta preciosidade não tinha sido importada! WTF?!

Depois dessa traumatizante experiência percebi que peguei ódio daquela filial. Na verdade isso foi só o pontapé inicial, mas o que realmente me revoltou foram os preços ridiculamente exorbitantes! Eu não me lembro direito, e se alguém frequenta pode me dizer.. Mas sei que o bolinho de chocolate (acho que nem um cupcake legítimo é) custa R$7. O café uns R$5. Pô! E o pior de tudo é que existe uma fila imensa em um país que o que não falta é um bom e barato cafezinho (mesmo no Shopping Leblon!).

Ai eu vim pra cá e fiquei pensando.. a Starbucks aqui também é mais cara que as outras opções (tipo Dunkin Donuts), que palhaçada... É só pras pessoas andarem com o copinho branco com o logo da sereia verde e viver o Starbucks Way of Life.
Eis que eu comecei a perceber que há um, ou melhor, vários bons motivos para o sucesso da loja. Então sejamos justos!
Recapitulando: A Starbucks abriu sua primeira loja em Seattle, Washington em 1971 e a loja vendia cafés, chás e temperos (como escrito ao lado). Hoje existem mais de 15.000 lojas em 50 países (o Brasil deve ter sido o último, putz, quanta demora!). Antigamente a sereia do logo tinha os peitos de fora (além de ser mais uma baleia do que sereia)!!! Mas numa estratégia de marketing (muito sábia), deram uma modernizada no cabelo, um close-up e taparam pra tornar a moça mais... de família. Quem quiser saber mais sobre a história do logo tem um artigo legal aqui.



Minha teoria sobre o sucesso da Starbucks
  • Onde você olha tem... uma Starbucks!
Estou escrevendo com base em NY. Que eu creio que seja a cidade mais povoada de Starbucks do mundo. Mais do que Mc Donalds e Estácio de Sá no Rio, juntos, tem Starbucks em NY. Mas é pato! Saiu de casa e, oh! Olha uma lá! Perto de onde moro (92nd), tem pelo menos três para downtown: uma na 92nd, uma na 85th e 87th. Isso porque foi só até lá que andei, aposto que tem outra na 83rd! E lógico, por todo lugar, em todas as vizinhanças, você nunca vai passar mais do que 5 minutos procurando por uma.
O comediante Lewis Black tem uma teoria bem interessante sobre o 'fim do universo' baseada na quantidade de Starbucks pelas ruas. Assistam e prestem atenção porque é muito engraçado! (Créditos pra Isa, que me informou!)


  • Menu
O carro-chefe da loja é obviamente... o café. Além disso, há opções da bebida gelada (os famosos frapuccinos), acompanhada de chocolate, baunilha... ou outras combinações bem calóricas. Também tem smoothies (banana, morango, chocolate), chás (tem até o chai, are baba!). No balcão, antes do caixa, há outras opções: sucos, achocolatados e água.


O que, infelizmente, mais me atrai pra dentro de uma, além do café, são as comidinhas. Os sanduíches (queijo e presunto, galinha, tomate e manjericão) de lá, chamados Paninis, já fizeram meu almoço diversas vezes. São meio caros, por volta de U$5, mas tostados são uma delícia! Também tem bagels, pratinhos de frutas, sanduíches naturais e queijos. Mas o que me chama mais a atenção são os doces! Aii que fome só de lembrar. Iced lemon cake, cupcakes (chocolate, baunilha e red velvet, meu amante), vanilla scones e diversos outras opções descaradas de bolos e tortas preenchem a estufa que te agarra quando você tá na fila preparado pra comprar um cafezinho. É realmente uma tortura! E o melhor, é tudo realmente bem feito. O Dunkin Donuts tem bom café e chocolate quente, mas as comidas são meio nojentas. Bagels e donuts de anteontem, todos grudados e maltratados. Ah não, quero meu cupcake fresquinho da Starbucks!

  • Trilha sonora
Coffe and Music - two things a good day requires. É isso que diz no balcão onde ficam dispostos os CDs para venda aqui.
Eu não sei se é porque sou muito ligada à música, mas esse é um quesito na loja que realmente me chama a atenção. Qualquer loja de você entre, a qualquer hora, pode ouvir que a música é boa. E sempre tem uma tela mostrando os créditos da música. Neste momento está tocando Miles Davis, depois de Ella Fitzgerald - uma bela seleção musical, hein?
A Starbucks fez uma parceria com o Itunes que permitia ao cliente da loja fazer o download de uma música por semana de graça (era o 'Pick of the week'). Como os tempos mudaram, agora tem que pagar pelo dowload, mas você tem direito a se conectar gratuitamente ao Itunes, já que não há wi-fi for free.
O que me leva a um outro aspecto...

  • Casa da mãe Joana
O ambiente para mim é a principal razão da casa viver cheia. É um lugar democrático onde pessoas dividem as mesas, vêm em grupo para bater um papo, ou sozinhas acompanhadas de seu lap top. É muito comum ver diversas pessoas super concentradas em seus afazeres. Elas montam um mini-escritório, com computadores, livros, agendas e celulares. Biblioteca pra quê?
Você deve estar se perguntando sobe a internet sem fio ( e se não estiver eu vou te contar mesmo assim). É o seguinte: existe um cartão fidelidade, que não custa nada. Tem de vários modelos (o meu é de umas pessoas passeando com um cachorro) - você põe dinheiro e vai gastando com compras aqui. O mínimo é de U$10.
Bom, o que você ganha tendo o cartão? Direto a leite de soja de graça na sua bebida (que seria U$0,50), uma bebida no seu aniversário e, voilá, acesso à internet. Mas você tem que se cadastrar no site da AT&T, pois é uma parceria entre os dois. Esse negócio de parceria é uma boa sacada.


E tem mais! Existe um aplicativo para o Iphone, que ele vira o seu cartão. E em algumas lojas, você já pode usá-lo para pagar a conta com o código de barra que ele mostra. Pelo telefone você também pode recarregar o cartão ou checar quanto ainda tem.

Todas as lojas (que eu vi) seguem um padrão: as paredes para a rua são totalmente de vidro. Não são janelas, o vidro vai até o chão, sacou? Assim dá a sensação de que você está no meio da rua, porém num ambiente mega aconchegante e livre do barulho e frio que faz lá fora.


  • Leve pra casa
Como toda boa marca ultra inserida no mercado capitalista vigente, a Starbucks não se limita somente ao espaço físico de suas (trilhões) de lojas. Em todas elas, há uma estante com uma boa oferta de produtos ligados principalemente ao café, como canecas, garrafas, potes, etc. Não seria um luxo tomar aquele café sem vergonha da sua casa numa canequinha pofissa? E, vou te dizer, as opções são intermináveis.

Além disso, eles têm os próprios produtos de grãos de café, divididos pelas regiões (América Latina, África, Ásia, etc). Eu não vou me aprofundar nesse quesito pois eu realmente não entendo muito de café. Tem uma coisa (acabei de ver uma mulher passando na rua com um carrinho para 6 crianças, 6!) bem legal, o Starbucks VIA Ready Brew, que são sachês de café, para serem preparados como chá. E andei pesquisando no site, existe o Starbucks Subscription Delivey Program - você recebe café todos os dias (ou com a frequencia que quiser) na sua casa!

E se você não estiver certo de qual sabor gosta mais, também tem a opção de "degustação" de chás e cafés que dura 3 meses. Bom né?
Existe ainda muita coisa a ser dita sobre a Starbucks, essa é só a minha visão geral. Cada detalhe, da decoração à consistência do bolo de limão faz a diferença. O site é uma ótima fonte para quem quiser se aprofundar. Mas o melhor mesmo é visitar uma, sentar e observar.

Ops, estão me chamando!

"A tall coffee with extra milk for Karen!"


4 comentários:

Cadu Confort disse...
10 de março de 2010 às 21:54  

eu ja vi um carrinho de 8. Ah no shopping leblon

Pode entrar com um saco do mcdonalds n consumir nada e soh ficar curtindo o ambiente "super transado"? Pq toda a comilança q vc descreveu n aguentam 10 min de porrada com uma boa fritura feita na rua. Em qq rua !!!

Anônimo disse...
11 de março de 2010 às 09:17  

Bom texto hein.. até que a puc serviu de algo hahahaha! apesar de vc descrever as comidas, principalmente os doces de uma maneira que daria agua na boca a qualquer mortal.... pra mim não serve! NÃO GOSTO DE DOCE!!!!! mas ate eu fiquei com vontade, mas na hora H, sei que corro pra um cheeseburguer mesmo... que deve fazer tão mal qnt um cupckae de chocolate com pingos de chocolate e chocolate me pó por cima! hahahahahahaha

Anônimo disse...
11 de março de 2010 às 13:31  

Realmente, até que para uma jornalista formada na PUC você escreve muito bem (desculpa, não poderia perder a oportunidade de atacar a rival nº da UFRJ... rsrsrs)
Mas sério, eu também adorei a Starbucks nos EUA. Em Washington nem existem tantas assim, eu tive que pedir instruções para pessoas no ponto de ônibus para achar uma Starbucks, que era pequena e pouco interessante. Mas no Smithsonian tinha uma gigante muito mais legal! Mas na Carolina do Norte não vi NENHUMA Starbucks... talvez porque eu não estivesse procurando, mas mesmo assim é estranho...
Agora no Brasil é uma palhaçada mesmo!! As pessoas ficam em filas pra pagar 10 reais por um cappucino que qualquer Rei do Mate vende por metade do preço. E o do Rei do Mate é tão bom quanto senão melhor... Aquele bando de poser com cachicol e laptops no BOTAFOGO PRAIA SHOPPING (o shopping mais ridículo do Rio) me irrita. Dá vontade de gritar SE LIGA, VOCÊ NÃO ESTÁ EM NOVA YORK!!!!!!!
Mas você, Karen, está em Nova York, então peça seu frappucino, escreva no seu notebook e seja poser a vontade, você pode. Agora o cara ir de Havainas pro Starbucks não rola...

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